Guerras Civis: Ilhas de Desordem de Heiner Müller

KOUDELA, INGRID DORMIEN; MULLER, REIMUND
PERSPECTIVA

64,90

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Sete temas diferentes em sete capítulos interligados e atravessados pela dramaturgia disruptiva de Heiner Müller, um dos maiores nomes do teatro contemporâneo. Guerras Civis: Ilhas da Desordem de Heiner Müller expõe o desafio que a palavra impressa propõe ao teatro moderno, ao mesmo tempo que demonstra a capacidade pedagógica e libertadora que as formas de enfrentar esse desafio assumem. O livro traz a tradução para o português de uma peça curta do dramaturgo alemão, e em seguida aborda a relação estética entre o vanguardista Müller e Gotthold Ephraim Lessing, pensador alemão do século 18, em certa medida, um antecipador do romantismo. E ainda detalha a experiência da própria autora numa montagem com seus alunos-atuantes Em Guerras Civis: Ilhas de Desordem de Heiner Müller, Ingrid D. Koudela nos descortina o desafiador, e por vezes caótico, percurso de transformação da palavra escrita que se desdobra no tempo e no espaço cênicos em oralidade viva e gestual, ao mesmo tempo que nos introduz à obra do grande dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995), e à pedagogia teatral. Partindo de Vida de Gundling Frico da Prússia. Sono Sonho Grito de Lessing. Um Conto de Horror, de Müller, traduzido na íntegra para esta edição, Ingrid Dormien Koudela expõe o caráter performativo de sua escritura, no qual intertextualidade e desconstrução constituem-se como método de pesquisa e pedagógico, dando ampla liberdade a atuantes e encenadores. Esse aspecto “radicalmente democrático” do fazer teatral tem no coletivo Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, também aqui abordado, um dos seus expoentes. A autora aponta para princípios estéticos similares em Müller e Oswald de Andrade, tanto conceitualmente, na antropofagia intelectual e na representação paródica, como nas escolas estéticas a que se filiaram. Nos sete capítulos deste livro, o leitor testemunhará numa visão prismática o valor da encenação como prática pedagógica e o valor do teatro como arte libertária.