O Antigo Regime e a Revolução

TOCQUEVILLE, ALEXIS DE; MIGUEL NANNI SOARES, JOSE
EDIPRO

62,90

Estoque: 3

“[Este] livro analisa a sociedade francesa antes da Revolução Francesa – o chamado ‘Antigo Regime’ – e investiga as causas e as forças que levaram à Revolução. É um dos principais primeiros trabalhos históricos sobre a Revolução Francesa.” – Goodreads – “[Um] livro magnífico, que não é uma história da Revolução, mas que, apesar disso, é o mais belo que já se escreveu sobre a Revolução, e que deveria servir de breviário aos historiadores […] para organizar o trabalho de pesquisas eruditas.” – Georges LEFEBVRE, Réflexions sur l’histoire – “O vínculo de Tocqueville com a história não é formado de apreço pelo passado, mas de sensibilidade em relação ao presente. Tocqueville não pertence à raça dos historiadores voltados para a estranheza do distanciamento do tempo, a poesia do passado ou a diversão da erudição; ele pertence inteiramente a um outro tipo de curiosidade histórica, na qual a reflexão sobre a atualidade serve de ponto de partida […].” – François FURET, Pensando a Revolução Francesa – Enquadrada na tradição da filosofia política clássica, e considerada um dos grandes livros da história intelectual moderna, esta obra histórica de Tocqueville analisa as origens e os significados da Revolução Francesa. Diferentemente da historiografia acadêmica do século XX, nesta obra produzida em meados do século XIX – quando o estatuto científico da história ainda era objeto de vários questionamentos, e antes de os estudos sobre a Revolução serem absorvidos pela esfera acadêmica –, Tocqueville prefere uma exposição literária clara e simples de suas ideias a uma obra erudita, repleta de conceitos e de fontes, destinando-a ao grande público, e não somente aos especialistas. Sua composição privilegia a coerência lógica e explicativa aos planos cronológico e narrativo, e compõe-se de três livros: o primeiro traz uma definição sobre o que foi a Revolução de 1789, o seu caráter; o segundo, uma exposição das causas de longa duração para o fenômeno, como as precondições da Revolução (ou fatores gerais e de longo prazo que, estendendo-se do final da Guerra dos Cem Anos a meados do século XVIII, coincidem com a consolidação do absolutismo monárquico e deixam pouca margem para a ação humana); o terceiro, enfim, apresenta as causas precipitantes (causas de médio prazo ou conjunturais, em que o componente da responsabilidade humana é bastante acentuado). Um observador objetivo da França revolucionária e do Estado despótico derrubado, o autor traça aqui um dos estudos mais profundos e influentes, que permanece uma discussão relevante e estimulante, sobre a questão da preservação da liberdade individual e política no mundo moderno. Um estudo eloquente e instrutivo que aborda ainda questões como a liberdade, o nacionalismo e a justiça. Esta tradução inclui as extensas notas finais do autor publicadas na edição francesa de 1859, que atestam a complexa e sólida pesquisa factual e documental que embasou sua obra.